O preço que os jovens pagam pelas altas expectativas acadêmicas de hoje
Você já escutou a frase ou disse a você mesmo, "Quando eu estava na sua idade, eu andava quilômetros até a escola... e hoje isso é tão fácil para você"? Ou talvez, "Por que você não pode ser mais parecido com seu irmão"?
Infelizmente, não é segredo para ninguém que os pais sentem que os adolescentes de hoje têm menos motivação e mais dificuldades de focar em suas atividades acadêmicas e extracurriculares. Eles ficam perplexos com a evidente progressão lenta e a instabilidade emocional de seus filhos adolescentes, pressupondo que são preguiçosos ou hipersensíveis. Esse ponto de vista pode frustrar os pais e levá-los a se tornarem mais envolvidos em vigiá-los e pressioná-los a ter um melhor rendimento.
Por ser mãe, eu consigo entender a lógica de que a vida era muito mais complicada anteriormente. As regras sociais e familiares eram mais rígidas e não tínhamos outra escolha a não ser atender às expectativas dos nossos pais. O contexto inteiro era diferente e as expectativas escolares não eram tão grandes. Existiam poucos cursos avançados como AP ou AICE (nos Estados Unidos, são programas do high school, que permitem contato com conteúdos de faculdade) para levar os jovens adiante. Além disso, eles tinham um melhor equilíbrio entre as atividades escolares, o lazer e os intervalos. Também não existiam mídias sociais aumentando a competitividade e o julgamento tóxico dos outros. No passado, as admissões em universidades eram relativamente mais simples, com menos candidatos para a mesma vaga na educação superior.
Agora, o que estamos percebendo é uma corrida de adolescentes para terminarem melhor e mais rápido do que qualquer outro. A concorrência não apenas criou altas expectativas acadêmicas e extracurriculares, mas também obrigou as crianças a focarem nisso mais cedo do que nunca.
Crianças no middle school estão sendo incentivadas a ler mais rápido, entrar em programas de aptidão e fazer cursos extras em casa para ter uma vantagem sobre seus colegas. Com todo esse foco em produtividade, não é de se admirar que nossos jovens estão desesperados por intervalos, tempo social e lazer. Infelizmente, as consequências das grandes exigências sobre os ombros dos adolescentes estão afetando tanto o lado comportamental quanto o emocional desses jovens.
Seus filhos estão exibindo esses comportamentos?
Adiando tarefas para interagir com os amigos e família.
Dormindo menos devido ao uso da hora de dormir para estudar ou para o lazer.
Optando por dormir em vez de comer.
O autocontrole e autodisciplina são insuficientes.
Estão isolados para evitar críticas e o monitoramento de seu rendimento.
Estão usando substâncias ilegais para "fugir" de sua realidade.
Estão sofrendo ataques de pânico e questionando decisões.
Estão desistindo de suas atividades.
Os seus jovens estão sentindo essas emoções?
Ansiedade pelo monitoramento semanal das notas pelos pais.
Raiva pelos pais por se preocuparem apenas com seu rendimento escolar e não com sua pessoa no geral.
Medo do fracasso.
Baixa autoestima por perceber que seu valor como indivíduo depende do seu rendimento escolar.
Têm uma postura perfeccionista e estão desenvolvendo Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) para ter uma sensação de controle.
Sentem culpa e vergonha.
Está deprimido por não se sentir ouvido ou apoiado.
Eles se fecham para todas as emoções.
Como você pode ajudar?
Se perceber seus filhos exibindo esses sintomas, é hora de parar e perguntar a si mesmo se esses padrões constantes estão abalando nossos adolescentes. O próximo passo é sentar e ter uma conversa sensata com eles, admitir que percebemos suas alterações emocionais e queremos ajudá-los a superar esses problemas.
Uma combinação de afirmações positivas, ajustes de expectativas e rotinas organizadas pode ajudar a redefinir o humor e os comportamentos subsequentes do seu filho. Aqui estão algumas estratég